Ex-Benfica analisou do duelo com os italianos, apontando as forças e as fraquezas do conjunto de Inzaghi.
O Benfica joga nesta terça-feira frente ao Inter a primeira mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões. As águias vão em busca de um sonho e já levam notas no caderno oferecidas por um velho conhecido.
Paulo Sousa, que vestiu a camisola encarnada entre 1989 e 1993, deixou avisos a respeito dos nerazzurri. O atual treinador da Salernitana analisou o adversário das águias.
“[O Benfica] Vai encontrar a equipa com o melhor plantel de Itália, aquela que tem mais jogadores de elevada qualidade, logo a que tem mais opções. Os resultados não estão a responder a ese arsenal, mas o Simone Inzaghi tem um grupo muito forte, talentoso e competitivo”, começou por dizer em declarações ao jornal Record.
Paulo Sousa deixou ainda um alerta para a qualidade individual de Çalhanoglu, mas não só.
“Jogadores diferenciados? Há mais, mas creio que ele é diferente. No 5x3x2 do Inter, os três médios revelam-se amplos e desempenham papel relevante no modo como dão largura e provocam superioridade na zona central. O turco introduz imprevisibilidade, mas também gosto muito do Brozovic, pela contribuição preciosa na construção do jogo. O Inter assenta na rotina dos seus médios e na eficácia com que aplica uma das características que mais estimula, isto é, a aposta nas constantes mudanças de corredor”, disse ainda.
Em Itália, mas a acompanhar a campanha do Benfica, Paulo Sousa analisou ainda as forças da equipa de Roger Schmidt.
“É um conjunto oleado, que não altera o sistema de jogo. Isto independentemente de algumas trocas posicionais. O João Mário, por exemplo, que tem sido o melhor jogador da Liga, com números impressionantes, tem jogado à esquerda e à direita. E depois há Gonçalo Ramos, um jovem que tem dado resposta goleadora incrível. Mas atendendo às características e às fragilidades que aponto ao Inter, há um jogador que é uma arma temível: Rafa. Tem muitos argumentos suscetíveis de castigar este Inter: mobilidade, versatilidade, verticalidade, gestão da velocidade e aptidão nata para executar movimentos de rotura. Não me admiraria que a decisão de um dos jogos ou mesmos da eliminatória passasse por ele”, concluiu.